Fazenda Santa Margarida
NOSSA FAZENDA - A SANTA MARGARIDA:
A família Martins de Almeida começou a produzir café em 1822, em Barra do Pirahy, Estado do Rio de Janeiro, mas já na década de 60 (1860!) já percebendo o declínio da cafeicultura no Vale do Paraíba, João Baptista Martins de Almeida (trisavô do Mariano – já vamos falar dele), vende suas terras em solo fluminense e se muda para onde, na época, era uma fronteira agrícola: interior do Estado de São Paulo – na região da Serra da Cuesta, mais precisamente onde hoje é a cidade de São Manuel e lá constrói a sede, a casa da família, em sua Fazenda Santa Margarida.
A tradição da cafeicultura é passada de geração em geração, quando, em 2006, um Mariano praticamente pouco tempo graduado em sua faculdade de Administração de Empresas e trabalhando em um grande banco de investimentos da Capital do Estado de São Paulo, recebe um telefonema de seu pai, dizendo:
“Mariano, cansei! Vou vender a fazenda!”
“Pô, pai! Temos uma tremenda tradição e agora que estou bem próximo de assumir, você vai querer vender? Me deixa tocar a fazenda por um tempo, para ver se gosto?”
“Ok, Mariano. Você tem dois anos e ZERO reais para tentar mostrar algum resultado”
Desafio aceito, Mariano – que é 6ª geração de cafeicultores da Família Martins de Almeida – começou a pesquisar tudo o que poderia encontrar sobre café e a questionar os procedimentos normais de cafeicultura na região de São Manuel. Em dois anos, conseguiu modificar totalmente o modelo agrícola adotado: ao invés de encher a planta de remédio, o foco foi na nutrição vegetal (afinal, quem come bem pega menos resfriado, não é mesmo?). Como resultado, a produção da lavoura dobrou, mas a conta ainda não fechava, pois estamos em uma região onde dizia-se impossível fazer café de qualidade. Assim, todo o resultado de produtividade ia embora com deságio por pouca qualidade. Como dizia-se na região, “se o café ‘tá’ mais ou menos, ‘tá’ ótimo”!
Muitos pesquisadores, compradores e fazendeiros diziam que o café da nossa região tinha qualidade baixa, por estarmos num local que chove muito em época de colheita, fazendo com que o café fermente e perca toda a qualidade. Fomos estudar isso a fundo e pensamos: será que toda e qualquer fermentação precisa dar um resultado ruim? E se conseguíssemos controlar a fermentação?
Para isso, era necessário entender primeiro o café que tínhamos em mãos. Compramos um pequeno torrador doméstico, que torrava 50g por lote e começamos a torrar e provar nossos próprios cafés e entender seus atributos de qualidade. Enfim, resolvemos presentear amigos com nosso café, em troca de opiniões sobre os lotes. Os feedbacks eram positivos e eles pediam para comprar mais. E assim começava nossa história com a torrefação que continua em “Sobre Nós – Martins Café”.
E já que você chegou até aqui, leu esse textão todo sobre essa parte da nossa história, queremos te presentear com 10% em todas as compras efetuadas na nossa Loja On-line! É só digitar o cupom EULIOTEXTAO no check out e o desconto vai entrar automaticamente! =)
Pessoas ilustres que passaram por essa fazenda:
1907-1932: lembra das suas aulas de História, sobre o acrônimo M.M.D.C. da Revolução Constitucionalista de 1932? O primeiro M, que é do Martins, é exatamente Mário Martins de Almeida, tio-avô do Mariano. ;-)
Em 1930: Vitor Martins de Almeida Junior, o avô do Mariano, já seguia inovando em pesquisa no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) - Unidade Jaú, estudando Controle Biológico de Pragas & Novos Varietais de Arábica (tendo inclusive participado no desenvolvimento do Catuaí Amarelo IAC 62).
Isso ficou no nosso DNA e, de lá pra cá, aperfeiçoamos técnicas deixadas por ele e criamos as nossas. Não à toa, somos pioneiros e líderes na modulação sensorial de café através da fermentação controlada - desde 2008. Mas sem nunca esquecer da nossa hospitalidade caipira - o prazer em receber e apresentar nosso trabalho:
Tanto que em 2016: Alain Coumont (fundador da Le Pain Quotidien - parceiro nosso desde 2014) veio de helicóptero para uma visita na fazenda de poucas horas e, apaixonando-se pelo local, acabou passando a noite: teve churrasco, passeio na cachoeira, teve fogueira e muita prosa gostosa debaixo das estrelas (para o mais absoluto desespero da equipe que estava o acompanhando - que ainda tinha uma extensa agenda para ele em outros lugares).